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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Retrospectiva: XV consegue 'milagre' no Paulistão e permanece na elite


O XV de Piracicaba teve uma temporada de manutenção. Voltou a figurar entre os 20 melhores times do futebol paulista, integrando à primeira divisão após 16 anos. A campanha, porém, não foi como os torcedores esperavam. O sonho de conquistar uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro foi transformado em pesadelo na luta contra o rebaixamento.

O Nhô Quim ainda teve que conviver com outros problemas, como troca de treinador quase na metade do Paulista. Saiu Moisés Egert, que estava no comando do time há três anos, e assumiu Estevam Soares. O novo treinador teve apenas 12 jogos para salvar o XV da degola e conseguiu, para festa de uma das mais apaixonadas torcidas do interior.

Os problemas do XV também atravessaram às fronteiras, como no episódio envolvendo o empréstimo do atacante Paulinho ao Ludogorets, da Bulgária. O jogador retornou ao Nhô Quim após uma semana no país europeu e o clube do exterior acionou à Fifa. Por fim, o time piracicabano deu a contagem regressiva para o ano do centenário, que será comemorado em 2013.



Se o XV de Piracicaba está na elite paulista por mais um ano, isso se deve ao trabalho de Estevam Soares. O treinador assumiu o time na oitava rodada do Paulistão, com derrota para a Portuguesa - na sequência, perdeu mais quatro vezes. Seguiu no comando e conseguiu livrar o time da degola na última rodada, após um empate heróico diante da sensação do interior, o Mogi Mirim. No geral, foram 12 jogos no comando do XV, sendo quatro vitórias, um empate e sete derrotas. Apesar do retrospecto irregular, a chegada de Estevam ao clube foi fundamental para a mudança de postura, essencial na reta de chegada do Estadual.



A situação já não era das melhores. O elenco tinha atletas criticados pela torcida, como Gilson, Toninho, Alex Cazumba e Gustavo Savóia. Dia 12 de fevereiro, domingo à noite, e a derrota por 2 a 0 para o Catanduvense foi a pior apresentação do time no ano. Naquele momento, o XV (com cinco pontos e na 18ª posição), que voltava à elite após 16 anos, estava à caminho de um novo e triste rebaixamento. O técnico Moisés Egert, herói anos antes, já não falava a mesma língua da diretoria, torcida e imprensa. A atuação ruim do Nhô Quim decretou a saída do técnico.



Basta perguntar nas ruas de Piracicaba: qual o melhor jogo do XV em 2012? A resposta será quase unânime: 4 a 0 no Linense. Aquela tarde de sábado, dia 10 de março, está nítida na memória dos fanáticos pelo Nhô Quim. A chuva, que caiu de forma incessante, lavou a alma dos quinzistas. Adilson, Diguinho, Paulinho e Diego Silva foram os responsáveis pela grande glória do time na temporada. A partir daquele momento, os que não acreditavam que era possível escapar do rebaixamento começavam a mudar seus discursos. Sim, era possível. O show de bola, com direito aos gritos de "olé" no estádio adversário, marcaram o melhor jogo do time na temporada.



Moisés Egert foi a grande decepção da temporada no XV. No clube há três anos, o treinador foi mantido pela diretoria para o Paulistão. Foram apenas sete jogos para perceber que a escolha não havia sido correta. Após a derrota para o Catanduvense, Egert pediu demissão e fez críticas aos dirigentes quinzistas, que não teriam contratado de acordo com as necessidades do clube. Antes, porém, ele tinha sido um dos responsáveis pelo Nhô Quim ter conquistado o acesso à elite e o título da Série A2, em 2011. Aliás, ele esteve, ainda, no acesso quinzista da Série A3 para a A2, um ano antes. Por isso tudo, a decepção foi ainda mais marcante.



Não era apenas vencer, restava ainda torcer contra os concorrentes na luta contra a degola. Dia 15 de abril, o Nhô Quim não conseguiu a primeira parte do que precisava, mas a segunda metade deu certo. O empate contra o Mogi Mirim, por 2 a 2, fora de casa, com direito a um caldeirão formado pela torcida quinzista, foi o que restou. Com o ouvido colado no rádio, os torcedores vibraram com a notícia que ouviam. Isso mesmo, a Portuguesa era derrotada pelo Mirassol e esse resultado, aliado ao empate contra o Sapo, garantiam o XV na elite Estadual por mais uma temporada. A festa naquele domingo foi longe para os torcedores do Nhô Quim.



O atacante Paulinho foi emprestado pelo XV de Piracicaba ao Ludogorets, da Bulgária, em julho. O que era para ser algo bom para o clube, se transformou em um problema. Isso porque o jogador deveria cumprir o contrato até dezembro, mas ficou apenas uma semana no clube búlgaro e retornou ao Nhô Quim alegando problemas para se adaptar. O clube do exterior entrou com uma ação junto à Fifa e acusa o XV de utilizar Paulinho de forma irregular, já que ele tinha contrato em vigência com o Ludogorets. O processo ainda corre na Fifa e os búlgaros querem 200 mil euros (cerca de R$ 550 mil).



A temporada do XV de Piracicaba teve 37 jogos disputados. O Nhô Quim entrou em campo 19 vezes pelo Paulistão e outras 18 vezes pela Copa Paulista. No total, foram 15 vitórias, oito empates e outras 14 derrotas. O aproveitamento quinzista foi de 47,7%. O ano de 2012 reservou altos e baixos. O alto fica por conta do segundo semestre, quando o Nhô Quim chegou a ser apontado como um dos favoritos ao título. E o baixo foi o quase rebaixamento no Paulistão.



Fonte: Globo Esporte

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