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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Fifa apresenta no Rio tecnologia que será usada no Mundial de Clubes

 sistemas de tecnologia, Maracanã (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

A tecnologia, enfim, será usada no futebol. Os primeiros testes serão feitos no Mundial de Clubes, que acontece no Japão, em dezembro, com a participação do Corinthians. Em julho, a International Board aprovou por unanimidade o uso do chip nas bolas para confirmação dos gols. Durante a Soccerex, no Rio de Janeiro, a Fifa apresentou as duas tecnologias que serão testadas na competição.

Das 11 empresas que apresentaram seus sistemas, apenas duas foram aprovadas. Em ambos os casos, dispositivos emitirão um alerta instantâneo aos árbitros assim que a bola ultrapassar a linha do gol.

- Os dois sistemas serão testados no Mundial de Clubes da Fifa. A tecnologia aprovada, se não houver erros, será usado na Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014 – disse o secretaio-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
As duas empresas apresentaram suas tecnologias na Soceerex. Apesar de o objetivo ser o mesmo, os meios são diferentes. No caso da alemã Fraunhofer, um campo magnético será criado após a linha do gol.

- Esse campo magnético capta quando a bola ultrapassa a linha do gol e, em frações de segundo, emite um alerta para um relógio, que será usado pelos árbitros – explicou o representante da Fraunhofer, Thomas Pellkufer.
Já a tecnologia inglesa aposta nas câmeras. Sete delas serão instaladas nas traves. Em caso de dúvida se a bola ultrapassou a linha do gol, as imagens de cada uma das câmeras serão processadas e formarão uma imagem em 3D.

- Até mesmo se a posição do goleiro encobrir a bola, o sistema é capaz de detectar se ela ultrapassou a linha do gol, já que conseguimos retirar a imagem do goleiro. Tudo isso em mais ou menos um segundo, quando o árbitro receberá o alerta do gol, se for o caso. Nunca houve uma simulação em que não conseguimos encontrar a bola. Quem tem que decidir o jogo são os jogadores, e nunca os árbitros – explicou o Paul Hawking, da empresa Kawk-Eye.

A decisão do uso do chip em bolas não torna a ação obrigatória, e as confederações nacionais estão livres para colocarem em prática ou não a nova regra. Jérôme Valcke, porém, disse que a Fifa deixará a tecnologia como legado para o Brasil nos 12 estádios da Copa de 2014.

Presente a um debate na Soccerex sobre o uso da tecnologia no futebol, o ex-goleiro Víctor Baía, da seleção de Portugal, defendou os sistemas que comprovam se a bola ultrapassou ou não a linha do gol e cutucou Fifa e Uefa pela demora nos testes com tecnologia.

- Uefa e Fifa são grandes organizações, mas estão muito atrasadas em relação a tecnologia. Ela não vai tirar a emoção do esporte. Dará mais credibilidade e honestidade nas decisões. Perde-se muito tempo de jogos discutindo arbitragem.


Fonte: Globo Esporte.com

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