Uma das seleções mais vitoriosas da história do vôlei feminino está fora da Olimpíada de Londres. Na última madrugada, Cuba perdeu no tie-break para o Japão no Pré-Olímpico Mundial. Somando apenas quatro pontos em cinco jogos, as cubanas não têm mais chances de conquistar uma das três vagas olímpicas distribuídas pelo torneio.
Sendo assim, o país, que dominou o vôlei feminino na década de 90 e início dos anos 2000, ficará fora de sua primeira Olimpíada desde Seul-1988, quando Fidel Castro boicotou o evento.
Tirando os Jogos boicotados pelo país caribenho, a última vez que Cuba ficara fora da disputa do vôlei numa Olimpíada foi na Cidade do México-1968.
"Lamentamos não poder ir à Olimpíada, mas daqui a quatro anos estaremos lá", prometeu o técnico Juan Carlos Gala, após a derrota para o Japão.
Tricampeão olímpico (1992, 1996 e 2000), o vôlei feminino cubano está em franca decadência. Por problemas financeiros, quase ficou fora da disputa do Pré-Olímpico. Uma das maiores estrelas da história do vôlei mundial, Mireya Luis teve que intervir em favor de suas conterrâneas. A ex-jogadora, que hoje atua como dirigente, pediu ajuda à FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para bancar as passagens e a estadia da equipe no Japão, onde ocorre o torneio.
A seleção atual também enfrenta problemas técnicos, uma vez que grande parte das jogadoras da equipe nacional ainda são muito jovens. Algumas das principais atletas cubanas preferiram deixar o país em busca da profissionalização em outros mercados.
Nas duas últimas edições da Superliga, duas cubanas -Yusleyni Herrera e Daymi Ramirez- tiveram grande destaque no torneio brasileiro mesmo atuando entre estrelas que foram campeãs olímpicas em Pequim-2008.
Fonte: Jornal de Piracicaba
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