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sábado, 5 de maio de 2012

Antes de ser notificado, São Paulo devolve Taça das Bolinhas à Caixa



O São Paulo devolveu a Taça das Bolinhas à Caixa Econômica Federal antes mesmo de receber a notificação oficial de que teria que entregar o troféu. Kalil Rocha Abdalla, diretor jurídico do São Paulo, determinou a devolução na manhã desta sexta-feira para não criar mal-estar com a busca e apreensão na sede do clube.
– Já devolvemos, conforme o juiz do Rio mandou. Que fique claro que não estamos entregando ao Flamengo, mas à Caixa. O processo continua – explica Kalil.
Segundo o dirigente, o São Paulo ainda não recebeu a notificação de que teria de devolver o objeto. De acordo com o advogado, os trâmites demoram, já que o despacho tem de ser encaminhado até a capital paulista e um juiz local precisa autorizar a busca e apreensão.
Agora, o Tricolor espera a decisão da Justiça sobre quem deve ser o dono definitivo da Taça das Bolinhas. Enquanto isso, ela segue, até segunda ordem, na sede da Caixa Econômica Federal, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Entenda o caso
A Taça das Bolinhas foi criada para premiar o campeão brasileiro. Ficou determinado pela CBF que o primeiro clube que vencesse a competição três vezes seguidas ou cinco vezes intercaladas teria a posse definitiva do troféu. O Flamengo alega que conquistou seu quinto título em 1992 (há, até hoje, uma disputa sobre quem foi o campeão de 1987, Flamengo ou Sport - a CBF chegou a reconhecer o Flamengo como campeão, mas teve de voltar atrás por decisão da Justiça. Nesse ano, houve um rompimento entre alguns dos maiores clubes brasileiros e o órgão, que organizou o Brasileirão, enquanto os dissidentes disputaram a Copa União, vencida pelo Fla). O São Paulo só conquistou seu quinto título em 2007.
O Flamengo resolveu procurar a Justiça para que a Taça das Bolinhas volte a ficar em poder da Caixa Econômica Federal até que o clube termine seus processos legais pelo reconhecimento do título de 1987. O pedido foi acatado pela 18ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, que emitiu medida cautelar ordenando o São Paulo a devolver o troféu. Em fevereiro, um oficial de Justiça foi ao clube paulistano, mas não conseguiu fazer a retirada porque, segundo o clube, o presidente Juvenal Juvêncio não estava presente e somente ele poderia tratar do assunto.
O Despacho da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro determinou que o troféu fosse retirado da sede do São Paulo e levado à Caixa a qualquer custo. A intenção é fazer valer uma medida cautelar que determinava a devolução da Taça das Bolinhas, que não foi cumprida pelo São Paulo no mês de fevereiro.
- Defiro o pedido formulado para que se proceda a busca e apreensão em qualquer das dependências do clube, incluído (sic) qualquer sala ocupado (sic) por diretor ou até mesmo da (sic) presidente da agremiação, podendo utilizar de força policial, se necessário - diz um trecho do despacho.

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