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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

No Mundial do Rio, Mineirinho inicia a busca pelo hepta no skate vertical


A partir desta quinta-feira, mais uma longa jornada começa para Sandro Dias. Após uma turnê com a lenda do esporte Tony Hawk pela Oceania, Mineirinho está de volta ao Brasil para iniciar a corrida rumo ao sétimo título mundial no skate vertical. Assim como nos últimos dez anos, a primeira competição do paulista de Santo André em 2012 será no Rio de Janeiro, na etapa de abertura do circuito da World Cup Skateboarding (WCS): o Rio Vert Jam. O SporTV vai transmitir ao vivo o evento, sexta e sábado, e a TV Globo, no domingo, dentro do Esporte Espetacular.
De malas prontas para a "Cidade Maravilhosa", o skatista de 36 anos, que em 2011 se sagrou hexacampeão mundial, falou sobre o desafio no Rio, a situação do skate vertical brasileiro e das competições internacionais, a garotada que está extrapolando as barreiras do esporte e o grande momento da carreira:
- Estou empolgado para competir no Rio. Tenho andado bastante de skate, quase todos os dias. Estou me sentindo bem, legal comigo mesmo, com a família e com a minha esposa. Tenho tudo para fazer uma grande temporada - garantiu o bicampeão do Rio Vert Jam (2002 e 2007).

Rio Vert Jam 2012
- Faça chuva ou faça sol, o Rio Vert Jam está lá, colocando o Brasil no circuito mundial. Sei que todo ano é uma dificuldade para os organizadores conseguirem patrocínio para realizar o evento, mas eles sempre dão um jeito. É uma competição muito importante para os skatistas brasileiros pela mídia que ela traz. Faz com que os atletas tenham visibilidade e as marcas invistam no esporte.

A garotada
- A nova geração está cada vez melhor. Eles pressionam a gente a evoluir para poder acompanhar o ritmo e as manobras deles. Hoje a garotada aprende a mandar um Flip antes do Ollie, que é a manobra básica. Espero que eles tragam muita coisa diferente para o Rio. O Rony Gomes é muito técnico, o Italo Penarrubia acabou de virar profissional, também tem o Diego Bigode. Sem falar no americano Mitchie Brusco, que dá o 720º de olho fechado.

A manobra: 900º
- Acho que ainda não tem ninguém da galera que consiga executar um 900º (duas rotações e meia no ar) em uma volta normal no half. Na megarrampa, que é uma pista totalmente diferente, já estão conseguindo. Mas vamos ver. Do jeito que essa garotada está, não duvido nada que eles coloquem essa manobra em uma apresentação. Acho que vamos ver muita coisa diferente.

O skate brasileiro
- Em 1989, no Mundial da Alemanha, a delegação brasileira ia treinar e os caras desligavam a luz. A gente era boicotado. A maioria das marcas que patrocinavam o skate brasileiro era cópia das gringas. Eu era patrocinado por uma marca pirata. Teve um evento que o Tony (Hawk) pediu para ver o adesivo do meu skate, fez um sinal de negativo com a cabeça e depois me devolveu. A gente sofreu até apagar essa imagem ruim. Pastamos muito para chegar até aqui. Hoje as portas estão abertas. A galera agora sabe o caminho a seguir, onde é possível chegar.

O circuito mundial
- Já participei de 33 eventos em uma única temporada. De quatro anos para cá, passei a ir em no máximo 15. A crise financeira de 2008 mudou tudo. O calendário hoje demora a sair, porque muitas etapas estão sendo canceladas. É complicado, mas temos que esperar a situação econômica melhorar.

Fonte:
Globo Esporte.com

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