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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Em dia de herói, Valdivia atua no sacrifício e é aplaudido no vestiário

Valdivia, Palmeiras x Atlético-PR (Foto: Marcos Ribolli)

Valdivia foi o protagonista do Palmeiras no empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, suficiente para garantir a permanência do time na Série A - o Santos bateu o Vitória por 1 a 0 e ajudou a manter o rival na elite. Mesmo sem participar diretamente do gol de pênalti marcado por Henrique, o chileno teve um dia de herói. Nitidamente sem condições físicas de atuar por conta da lesão na coxa esquerda sofrida com a seleção chilena, ele jogou sob efeito de uma injeção anestésica.
As dores fizeram o Mago praticamente se arrastar em campo. E ainda assim ele foi a referência técnica do time, com passes que clareavam as jogadas ofensivas do Verdão.
O problema muscular lhe fez, inclusive, atrasar o retorno do vestiário no intervalo entre o primeiro e o segundo tempo. Todos os jogadores dos dois times já estavam posicionados em campo quando Valdivia surgiu no túnel de acesso ao campo, algo comemorado como gol pela torcida.
Após o apito final, o Mago chorou e revelou pedido do próprio filho para jogar. Tudo porque ele treinou normalmente até quinta-feira, quando voltou a sentir dores e temeu ficar fora do confronto mais decisivo no ano para o Verdão. Mas o meia fez tratamento intensivo e definiu que entraria em campo se tivesse a mínima condição.
A atitude do capitão e referência para o grupo rendeu um gesto de reconhecimento do elenco no vestiário. Ao entrar no local após o jogo, Valdivia foi aplaudido pelos jogadores e novamente se emocionou. Segundo o volante Renato, aliás, todos os atletas choraram depois da partida.

Mas mesmo com o alívio pela manutenção do time na elite, os jogadores não comemoraram a confirmação do objetivo mínimo para a temporada. Depois de ouvir no vestiário o agradecimento do presidente Paulo Nobre pela luta em campo, o Mago desabafou na entrevista coletiva sobre a sua temporada e pediu ajuda para 2015. Ele quer companheiros para dividir a responsabilidade.
- Fui muito criticado, porque sempre que faço algo parece que é diferente dos outros. Quando o Kaká ou o Souza foram para a Seleção, todos parabenizaram. Quando eu fui, tinha de pedir dispensa. Quando o Tardelli foi para a Seleção, o Atlético-MG nunca perdeu. Mas eu tinha de pedir dispensa, voltar e jogar. Muito se fala sobre mim por conta do que vocês dizem, que só tem o Valdivia no Palmeiras. Está na hora de ter companhia, sim. Mas tenho muito orgulho dos jogadores que hoje estão nesse grupo. Tem muito garoto, e jogar no Palmeiras com 17 anos não é para todos - declarou o camisa 10 do Palmeiras.

O Mago, por fim, fez votos para que em 2015 seja possível fazer tudo o que não pode ser realizado nesse ano do centenário. É o que a torcida alviverde também espera.

Fonte: GE

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