O bate-bola foi rápido, mas os cerca de 30 minutos que Gustavo Kuerten e Novak Djokovic usaram para inaugurar uma quadra de tênis na favela da Rocinha passaram esperança de dias melhores para os jovens da cidade. Guga e Nole se divertiram com a empolgação das crianças que empunhavam raquetes e enfatizaram a importância do esporte nas sociedades.
- É a primeira quadra pública de tênis aqui. Estou muito feliz de jogar com crianças e de ter a quadra aberta. O esporte passa uma mensagem muito forte para todos. Com a prática de esportes, podemos contribuir para a sociedade e tenho certeza que vão aproveitá-la com muita alegria. Quero dar os parabéns a todos - disse o sérvio, atual número 1 do mundo.
Djokovic, que desembarcou na cidade na manhã desta sexta-feira, fará uma partida de exibição contra Guga no sábado, a partir das 18h30m (de Brasília). O SporTV exibe o duelo ao vivo. Nole e Guga ainda se encontrarão no domingo, a partir das 15h, para um jogo amistoso de futebol no Engenhão. Entre os craques confirmados pelo sérvio Dejan Petkovic - responsável pela vinda de Djokovic ao Brasil -, estão Zico, Romário, Renato Gaúcho e Bebeto.
Em entrevista coletiva, o número 1 do mundo também ressaltou que projetos sociais são importantíssimos em países nos quais não há muito incentivo ao esporte.
- Acredito que é dever nosso, como atletas que fazem parte de um esporte global, contribuir com projetos sociais da maneira que podemos. Venho de um país que passou por muitos problemas. Econômicos, políticos, guerras... Cresci em uma época muito difícil. Tive sucesso como tenista profissional e alcancei meu objetivo, que era ser o melhor, mas são poucos que têm essa chance. Com projetos sociais, podemos ajudar - disse.
Gustavo Kuerten adotou discurso parecido. Fundador do Instituto Guga Kuerten (IGK), que usa o esporte como ferramenta de integração social, o tricampeão de Roland Garros disse que suas ações com crianças e projetos sociais como este buscam passar uma mensagem de esperança.
- Isto tudo mexe com o cidadão, com nossa responsabilidade de ter uma formação mais decente, mais adequada para esta criançada. Eles vão sair daqui pensando que é possível, sim, ser campeão. Um brasileiro também foi. É possível superar os desafios da vida, ter força de vontade para o dia a dia. Isso é muito motivante. É o que eu procuro fazer hoje. É algo que vai além de três Roland Garros. É trazer para o país uma oportunidade de aprendizado, educação. O tênis, neste sentido, é um esporte muito grandioso.
Fonte: Globo Esporte.com
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