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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Na porta da elite, Brasil é barrado de novo pela Argentina e volta para casa



Pegar o elevador com os melhores já era missão cumprida. Com jogos de igual para igual, vitórias emblemáticas e feitos impensáveis até pouco tempo atrás, as coisas caminhavam bem, obrigado, para o basquete brasileiro. O problema é que, na entrada da sala VIP, onde só os gigantes circulam, sempre tem um segurança chato e catimbeiro, que insiste em sorrir com o canto da boca, coçar as costeletas e decretar em sotaque portenho: "¡No pasarán!". Nesta quarta-feira, o Brasil foi barrado ali outra vez. Com uma derrota doída por 82 a 77 para a carrasca Argentina, a seleção de Rubén Magnano se despede das Olimpíadas de Londres. E continua procurando uma maneira de se esgueirar pela porta que leva à elite da bola laranja.

Pela primeira vez jogando na Arena North Greenwich, que passa a receber o torneio na fase decisiva, o basquete masculino do Brasil perseguia sua primeira semifinal olímpica desde 1968, quando ficou em quarto lugar. Não deu. Ok, o jejum de 16 anos sem participações nos Jogos foi quebrado, a evolução na quadra foi evidente, mas o tal segurança marrento estava lá de novo, e por trás dele vinham Scola, Ginóbili, Nocioni, Delfino, Prigioni, gente acostumada a castigar quem veste verde e amarelo.

- Tínhamos a expectativa de ganhar, e isso não é uma justificativa, mas estou muito orgulhoso de ter defendido o Brasil nos Jogos Olímpicos. É uma honra trabalhar com esse grupo de jogadores. Infelizmente, nosso sonho acabou, mas temos um novo apetite para o futuro. Todos viveram uma grande experiência aqui, inclusive eu, que já disputei as Olimpíadas antes. Temos que sair do vestiário com a cabeça boa - afirmou o técnico Magnano, que, ao lado de Guilherme Giovannoni na entrevista coletiva, mostrou-se surpreso quando soube que os jogadores não voltaram do vestiário para a zona de entrevistas, como de hábito - falaram apenas com as TVs.
O drible lembra o que aconteceu após a eliminação no Mundial de 2010, contra a mesma Argentina, quando só Tiago Splitter passou para dar declarações.

Como não há disputa de quinto a oitavo em Londres, resta aos brasileiros tomar o avião de volta. Assim como fez após cruzar com os hermanos no Pré-Olímpico de Las Vegas em 2007, no Mundial da Turquia em 2010 e na final do Pré de Mar del Plata no ano passado. A Argentina avança para enfrentar os Estados Unidos, que eliminaram a Austrália, às 17h (de Brasília). Na outra semi, às 13h, Espanha e Rússia medem forças - ambos os jogos serão na sexta-feira.


Fonte: Globo Esporte.com

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