Elas tiveram de esperar 108 anos para trocar golpes em solo olímpico. Em um esporte que, ao longo do século 20, rendeu ouros para lendas como Muhammad Ali, George Foreman e Oscar de la Hoya, as mulheres só agora receberam o convite para a festa. E o Brasil teve pressa para levar uma lembrancinha reluzente de volta para casa. A baiana Adriana Araújo, de 30 anos, bateu nesta segunda-feira a marroquina Mahjouba Oubtil por 16 a 12, avançou para as semifinais do boxe (categoria até 60kg) e garantiu uma medalha histórica para o país. Na próxima fase, na quarta-feira, a pentacampeã pan-americana enfrenta a russa Sofya Ochigava. Como as duas perdedoras das semis ganham o bronze, Adriana já tem seu momento de glória assegurado.
Além da conquista na primeira participação do boxe feminino nos Jogos, a boxeadora paulista quebra um jejum verde-amarelo de 44 anos. A última medalha do país no boxe olímpico tinha sido em 1968, com Servílio de Oliveira na Cidade do México.
- Só tenho que agradecer. Essa medalha não é só para o Brasil, é para toda a América. Fico feliz por ter sido eu. Agora é me preparar e pensar por etapas, primeiro garantir a prata, e depois lutar pelo ouro. Ainda não peguei a medalha, ela ainda não veio para a minha mão - brincou Adriana, feliz pela medalha garantida, mas concentrada e ciente de que o caminho em Londres ainda não acabou.
Fonte: Globo Esporte.com
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