Com seis baixas no elenco, o Palmeiras ganhou fôlego para contratar pelo menos um jogador de maior renome para a sequência da temporada. A crise financeira não permite que o clube contrate alguém de forma definitiva, mas a diminuição da folha salarial faz com que o Verdão possa bancar os vencimentos de um ou dois medalhões até o fim do ano. De acordo com representantes do departamento financeiro do clube, são quase R$ 400 mil a menos de gastos por mês.
Nas últimas duas semanas, o Palmeiras dispensou Gerley, Tinga, Chico, Fernandão, Pedro Carmona e Ricardo Bueno – os dois primeiros por empréstimo, e os outros liberados ou devolvidos para clubes de origem. O gerente de futebol César Sampaio recebeu do departamento financeiro todas as informações a respeito das possibilidades que o Palmeiras tem. O vice-presidente Walter Munhoz deixou o setor na quinta-feira, mas antes fez um balanço ao dirigente, que se diz otimista.– Temos uma folga na folha, mas nem tanto. Vamos tentar amarrar algo interessante para trazer pelo menos dois jogadores pedidos pelo Felipão. Mas esse espaço que ganhamos é um trunfo que temos agora – afirmou César Sampaio.
O técnico Luiz Felipe Scolari elaborou uma lista com seis nomes, todos conhecidos e titulares em seus clubes. E todos com salários mais gordos, mas não suficientes para afastarem o interesse do Palmeiras. É esse o perfil que o clube quer para o segundo semestre, já que a “cota de apostas" está estourada.
– Entendemos que o elenco já é muito equilibrado, então quem chegar tem de vestir a camisa, jogar e fazer a diferença. Se não for desse nível, ficamos com o grupo que já temos. Já trouxemos o Mazinho e o Fernandinho, dois nomes que foram muito bem no Oeste, o Felipe que volta do Mogi Mirim... Os outros serão “cobras”, são esses que queremos a partir de agora – explicou Sampaio.
O desafio da diretoria do Palmeiras é contratar sem onerar (ainda mais) os cofres do clube. Por isso a opção por trazer jogadores apenas por empréstimo, bancando apenas os salários. Em março, o departamento de futebol profissional registrou, sozinho, um déficit de pouco mais de R$ 4 milhões – no total, o clube ficou no vermelho em R$ 6,6 milhões. A situação preocupante foi um dos motivos que fez Walter Munhoz e o diretor Jorge Vacarini deixarem seus cargos.
– Acho que fizemos um bom trabalho, mas a situação é realmente complicada. Há muitas dívidas herdadas de administrações anteriores, mas fizemos o máximo para equacioná-las. De qualquer forma, desejo sorte a quem assumir a diretoria financeira – ressaltou Walter Munhoz.
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