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sábado, 5 de maio de 2012

Com saídas, Verdão abre espaço de quase R$ 400 mil em folha salarial



Com seis baixas no elenco, o Palmeiras ganhou fôlego para contratar pelo menos um jogador de maior renome para a sequência da temporada. A crise financeira não permite que o clube contrate alguém de forma definitiva, mas a diminuição da folha salarial faz com que o Verdão possa bancar os vencimentos de um ou dois medalhões até o fim do ano. De acordo com representantes do departamento financeiro do clube, são quase R$ 400 mil a menos de gastos por mês.
Nas últimas duas semanas, o Palmeiras dispensou Gerley, Tinga, Chico, Fernandão, Pedro Carmona e Ricardo Bueno – os dois primeiros por empréstimo, e os outros liberados ou devolvidos para clubes de origem. O gerente de futebol César Sampaio recebeu do departamento financeiro todas as informações a respeito das possibilidades que o Palmeiras tem. O vice-presidente Walter Munhoz deixou o setor na quinta-feira, mas antes fez um balanço ao dirigente, que se diz otimista.
– Temos uma folga na folha, mas nem tanto. Vamos tentar amarrar algo interessante para trazer pelo menos dois jogadores pedidos pelo Felipão. Mas esse espaço que ganhamos é um trunfo que temos agora – afirmou César Sampaio.
O técnico Luiz Felipe Scolari elaborou uma lista com seis nomes, todos conhecidos e titulares em seus clubes. E todos com salários mais gordos, mas não suficientes para afastarem o interesse do Palmeiras. É esse o perfil que o clube quer para o segundo semestre, já que a “cota de apostas" está estourada.
– Entendemos que o elenco já é muito equilibrado, então quem chegar tem de vestir a camisa, jogar e fazer a diferença. Se não for desse nível, ficamos com o grupo que já temos. Já trouxemos o Mazinho e o Fernandinho, dois nomes que foram muito bem no Oeste, o Felipe que volta do Mogi Mirim... Os outros serão “cobras”, são esses que queremos a partir de agora – explicou Sampaio.
O desafio da diretoria do Palmeiras é contratar sem onerar (ainda mais) os cofres do clube. Por isso a opção por trazer jogadores apenas por empréstimo, bancando apenas os salários. Em março, o departamento de futebol profissional registrou, sozinho, um déficit de pouco mais de R$ 4 milhões – no total, o clube ficou no vermelho em R$ 6,6 milhões. A situação preocupante foi um dos motivos que fez Walter Munhoz e o diretor Jorge Vacarini deixarem seus cargos.
– Acho que fizemos um bom trabalho, mas a situação é realmente complicada. Há muitas dívidas herdadas de administrações anteriores, mas fizemos o máximo para equacioná-las. De qualquer forma, desejo sorte a quem assumir a diretoria financeira – ressaltou Walter Munhoz.

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