Adilson chamou a atenção no XV de Piracicaba
Em tempos de nomes consagrados serem especulados como possíveis reforços, a diretoria do Corinthians volta a apostar na fórmula de buscar jogadores desconhecidos. Adilson, do XV de Piracicaba, é mais um deles. Se falta fama, sobra confiança. Depois de parar a carreira por seis meses em virtude de problemas cardíacos, o atacante aguarda o resultado de novos exames para comprovar que está pronto para jogar e, quem sabe, ser o camisa 9 que o Timão tanto procura.
– É a chance da minha vida. Estou encarando essa oportunidade pensando que posso ser esse jogador também. Ninguém conhecia Ralf, Willian, Paulinho e eles estão muito bem. São muitos jogos no Campeonato Brasileiro e terei oportunidades para poder aproveitar – afirmou o atacante, de 25 anos.
Ainda sem querer falar como jogador do Timão por não ter assinado contrato, Adilson tenta conter a ansiedade e espera por uma bateria de exames médicos para saber se está apto a atuar profissionalmente. No ano passado, ele precisou abandonar o futebol momentaneamente para se cuidar. No retorno, fez quatro gols e foi o maior destaque do XV de Piracicaba na campanha de salvação do rebaixamento no estadual.
– Está tudo tranquilo. Antes mesmo de marcar o exame com o Corinthians, fiz um outro de rotina há duas semanas e não deu nada. Tive uma melhora muito grande. Estou pronto para jogar – ressaltou o goleador, que passou pelas categorias de base do Timão em 2005.
Confira a entrevista com Adilson, novo reforço do Corinthians:
GLOBOESPORTE.COM: Como é essa expectativa de estar muito perto de ser anunciado como reforço do Corinthians?
Adilson: Não tem nada acertado ainda, mas era tudo o que eu queria. Todo jogador profissional sonha ter uma oportunidade em um time grande. Estou sendo merecedor por tudo que fiz nessas três passagens pelo XV de Piracicaba. Se tudo se concretizar, vou tentar aproveitar.
O Corinthians procura um centroavante. Mesmo não sendo tão alto (1,76m), você acha que pode fazer essa função?
Faço as duas, pelas beiradas ou como centroavante. Nos últimos anos comecei a fazer mais gols. Foi aqui no XV que passei a jogar mais fixo na área. Sou habilidoso, forte, tenho velocidade e sei proteger a bola. Procuro fazer o que o treinador pede. Não sou de escolher posição.
Qual jogador você gosta de ver atuando?
Gosto muito do Liedson. Não sei se ele vai renovar com o clube, mas é um jogador que admiro muito.
O Corinthians vem apostando bastante em jogadores que não são tão badalados. Alguns deram muito certo. Agora, a meta da diretoria é ter um novo camisa 9... É a chance da minha vida. Estou encarando essa oportunidade pensando que posso ser esse jogador também. Ninguém conhecia Ralf, Willian, Paulinho e eles estão muito bem. São muitos jogos no Campeonato Brasileiro e terei oportunidades para poder aproveitar.
Como foi a passagem pela base do Corinthians em 2005?
Eu cheguei muito bem, mas depois fui perdendo espaço. O treinador (Adaílton Ladeira) gostava de mim, mas eu não estava tendo muitas oportunidades e rescindi. Agora, chego mais experiente, com a cabeça melhor. Estou preparado. Se eu tivesse aproveitado melhor as chances, teria ficado. Fiquei um ano, conheci o Julio Cesar, Elton (meia), Fábio Ferreira, Marcelo (goleiro)...
Depois disso, rodou pelo interior? Antes do Corinthians, tinha feito três anos na base do Cruzeiro. Quando saí do Corinthians, fui para o Lausanne-SUI. Após isso, assinei com o Benfica-POR, mas não joguei e acabei emprestado para o Estrela da Amadora-POR. Na volta ao Brasil, joguei no Ipatinga-MG, SEV Hortolândia-SP, Mogi Mirim, duas vezes no Noroeste e três no XV.
Em meio ao sucesso no interior de São Paulo, você descobriu que tinha um problema no coração...
Tive um desmaio quando estava no Noroeste, mas voltei em questão de segundos. O médico não me deixou mais treinar. Fiz exames e não deu nada, mas o médico não ficou satisfeito e vim para São Paulo fazer outros testes com o Paulo de Faria (ex-médico do Corinthians). Foi aí que identificaram que a veia que vai para o coração é um pouco mais grossa, atrapalhando a circulação. Fiquei seis meses sem nenhuma atividade.
Como foi o retorno?
Fiz acompanhamento com o Nabil Ghorayeb, um dos melhores cardiologistas do país, e fui melhorando, voltando ao normal. Quando ele me liberou, assinei com o XV. Eu não tive pré-temporada e fui pegando ritmo jogando. Na metade do campeonato comecei a fazer gols.
Mesmo voltando a jogar o problema não reapareceu?
Está tudo tranquilo. Antes mesmo de marcar o exame com o Corinthians, fiz um outro a pedido do Nabil há duas semanas e não deu nada. Tive uma melhora muito grande. Estou pronto para jogar.
Fonte: Globo Esporte.com
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