A Force India reforçou a segurança após um coquetel molotov explodir perto de um carro com mecânicos da equipe na noite desta quarta-feira. Os funcionários seguiam do circuito de Sakhir para o hotel, quando foram forçados a parar na estrada em razão de conflitos entre manifestantes e a polícia local. Temeroso com a segurança, um membro da equipe - que não estava no carro - já havia deixando o país na manhã desta quinta. Nesta tarde, outro funcionário decidiu voltar para a casa. A equipe indiana confirmou o retorno dos dois membros um engenheiro de dados e outro operador de rádio, para a Inglaterra.
- Como equipe, nós reforçamos a segurança aqui para dar mais conforto aos nossos funcionários e mostrar que cuidamos deles, o que é nossa prioridade. Então estamos coordenando nossa segurança com a segurança do circuito - disse o chefe da escuderia, Bob Fernley.O dirigente se reuniu com organizadores da prova, o braço direito do chefe comercial da F-1, Bernie Ecclestone, Pasquale Lattuneddu, e o conselheiro da polícia, John Yates.
- Nós só queremos ter certeza de que os procedimentos de precaução corretos estão sendo tomados. Nós sabemos que haverá protestos, nós sabemos que há elementos para isso, mas precisamos ter certeza de minimizar isso de um ponto de vista da equipe - explicou.
Dentre as medidas de segurança, as equipes tem colocado rastreadores e removido os passes de estacionamento nos carros e aconselhado os funcionários a não utilizar uniformes no caminho do circuito para o hotel para não serem identificados.
Um dia antes dos treinos livres para GP do Bahrein de Fórmula 1, a ilha do Oriente Médio teve uma madrugada conturbada. Vários confrontos entre policiais e manifestantes aconteceram nesta quinta-feira nas áreas xiitas do Bahrein, perto da capital, Manama. Um movimento de oposição ao governo do Rei Hamad ben Isa al-Khalifa promete "Três Dias de Revolta", paralelamente ao período de realização do evento da F-1. Alguns manifestantes radicais defendem uma mobilização para um "Grande Prêmio de sangue".
De maioria xiita, o Bahrein é governado pelo Rei Hamad, pertencente à dinastia sunita. Os manifestantes pleiteiam reformas democráticas, a queda do governo e condenam a disputa do GP de F-1 enquanto os conflitos não cessarem. A repressão contra os protestos é violenta, com denúncias de mortes e de violação de direitos humanos. Dizeres como "Parem de correr sobre nosso sangue" em pinturas nos muros e mensagens na internet, expõem a insatisfação dos manifestantes com a realização da prova.
Fonte: Globo Esportes.com
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