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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Meu Tesouro: luvas de Rogério Ceni inspiram goleiro do XV de Piracicaba

Rogério Ceni Mateus Pasinato XV de Piracicaba Nhô Quim (Foto: Arquivo Pessoal)

O ano de 1992 é o elo entre Mateus Pasinato, atual goleiro titular do XV de Piracicaba, e Rogério Ceni. Enquanto um nascia, o outro subia ao profissional do São Paulo, clube pelo qual atuou em toda a carreira e que estendeu seu vínculo por mais seis meses, adiando a aposentadoria mais uma vez. A relação fã e ídolo, aliás, ultrapassou os limites das arquibancadas neste ano e deixou marcas que jamais serão esquecidas pelo jovem arqueiro da equipe do interior. O encontro no Campeonato Paulista, no único duelo entre mestre a aprendiz, rendeu ao camisa 1 do Nhô Quim um presente do ícone tricolor. As luvas utilizadas pelo mito estão com Pasinato e se tornaram símbolos de inspiração para trilhar o mesmo caminho daquele que, com muito orgulho, ele pode chamar de ídolo.

– Às vezes olho para ela (luva) e nem acredito que aquela situação toda aconteceu. Que o Rogério veio e falou comigo, me chamou pelo nome e disse que tinha visto meu jogo anterior, que eu tinha ido bem. Eu pensava: "É verdade o que está acontecendo?". A luva, para mim, significa a realização de um sonho. Porque o Rogério sempre foi minha referência no futebol e, hoje, ter a luva que ele jogou contra mim é motivo de honra. Ele sempre foi meu ídolo, desde pequeno. Seja na batida na bola, até como ele se posicionava. E principalmente fora de campo. Eu sempre vi as preleções dele como capitão – derreteu-se o goleiro quinzista.

Apesar de reviver o momento mágico até hoje e se inspirar no ídolo da mesma posição, Pasinato deixa de lado as comparações quando o assunto é cobrar pênaltis pelo Nhô Quim. Ele, aliás, reconhece quais são os fundamentos que precisa observar mais para aprender com Ceni. O ídolo são-paulino cobra faltas desde 1997, quando marcou seu primeiro gol no quesito e virou cobrador oficial de pênaltis do Tricolor com o passar dos anos. Desde então, foi 123 vezes às redes dos adversários (63 de pênalti, 59 de falta e um de bola rolando).

– Isso aí deixa para ele (risos). Isso só ele que faz com maestria. Meu papel é ali embaixo do gol. Eu procuro ver o jeito que ele bate na bola. A inspiração é de outra maneira. A reposição dele é a melhor do Brasil. E também o posicionamento, como ele orienta os zagueiros, o meio-campo, qual a segurança que ele passa para o time – afirmou o camisa 1 do Nhô Quim, titular na campanha da Copa Paulista deste ano e forte candidato a manter a posição no Paulistão.


O par de luvas é tratado pelo jovem como um tesouro. Tanto que fica na casa dos pais de Pasinato, em Santa Catarina. O goleiro do XV descarta a chance de utilizar o material na temporada 2015. Mesmo assim, confidenciou que já fez um teste com o presente, mas sem colocar efetivamente em jogo. Vestir a luva, ainda que fora das quatro linhas, é uma maneira curiosa de conquistar a experiência necessária para seguir os passos do ídolo.

– Essa luva tem um lugar especial mesmo, porque, além de agora ser minha, antes foi do Rogério Ceni. Então tem um valor dobrado. Não tem dinheiro no mundo que compre. Só o fato de estar aqui e representar tudo o que foi aquela noite não tem nem o que falar. A única coisa que eu fiz com ela foi colocar na mão para pegar experiência e para virem os títulos (risos). Depois eu guardei e disse: "Não mexo mais." Eu nem lavei, está do jeito com que ele jogou. Coloquei na mão para teoricamente me sentir um Rogério Ceni – contou.



Fonte: GE

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