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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Com quase 42 anos, Ceni sorri como nunca e aprova grupo da Libertadores

Rogério Ceni, São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)

Rogério Ceni anda pelo CT da Barra Funda. Encontra-se com a imprensa. Faz uma brincadeira. Alguns metros depois, relembra um episódio engraçado. A disposição para responder é total. A vontade de contar histórias está aguçada. Rogério está feliz, como poucas vezes se viu nos últimos anos. De tão caxias, o goleiro do São Paulo tem a felicidade vinculada aos resultados. Mas as defesas que lembram seus tempos de garoto, e o convívio com outros "veteranos", tornaram aquele que seria o último ano de sua carreira um dos mais radiantes.
Prestes a completar 42 anos (no próximo 22 de janeiro), Rogério veste a carapuça do "tiozão". Impressiona-se com a capacidade do fotógrafo em enquadrá-lo num ângulo quase inimaginável e pergunta a meninos como Auro, Boschilia e Ewandro sobre a moda atual, os tênis "de botinha" com calças de boca "skinny", na linguagem de seus tempos.
Até a natureza que se formou em volta do CT da Barra Funda ao longo dos 25 anos de sua quase infinita passagem pelo São Paulo chamam atenção. Mas uma coisa não muda: o tesão por competir e vencer.
Ceni mantém acesa a chama da briga por cada bola, valoriza cada gota de suor, e acha que o grupo dificílimo na Libertadores do ano que vem, que já tem garantida a presença do atual campeão San Lorenzo, e poderá receber o arquirrival Corinthians ou o algoz Internacional, pode fazer seu clube do coração se mexer logo por contratações.
- É um grupo muito bom porque pode fazer o São Paulo despertar mais cedo. Há muitos anos temos deixado contratações para o meio de temporada, ou fim de janeiro. Das 11 Libertadores que participei, é o grupo mais difícil que pegamos.
A análise foi feita durante entrevista ao GloboEsporte.com, concedida na última quarta-feira, no CT. Na conversa, que durou pouco mais de uma hora, Rogério Ceni, de contrato prorrogado até 5 de agosto de 2015, deixou seu futuro aberto. Aquela impressão de que só o título da Libertadores o faria jogar por mais alguns meses ficou para trás. O ídolo quer mais, mais e mais. Quer ser mais líder, e para isso tem feito aulas com a psicóloga. Quer mais títulos, e para isso terá um programa de treinos especial. Quer ser ainda mais feliz do que em 2014, e para isso espera um grupo capaz de fazer correr nas veias do velhinho o sangue da vitória. Enfim, quer também - e principalmente - se exibir mais para os três filhos. Na última semana, ele reconheceu a paternidade de Henrique, de 2 anos, e disse que não falaria mais sobre o assunto, pois queria preservar o caçula. Além do menino, Rogério é pai das gêmeas Clara e Beatriz.

Fonte: GE

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