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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Simpatia, desenvoltura, voz marcante: Léo Batista faz 65 anos de profissão


Em 2012, uma das figuras mais importantes da televisão brasileira completou 80 anos de idade e 65 de carreira. Para celebrar o aniversário de Léo Batista, o "Sportv Repórter" fez uma homenagem ao apresentador, contando a história de vida e a trajetória profissional do dono da voz marcante do jornalismo esportivo.

- O Léo Batista é a voz do esporte na televisão brasileira. Por ter uma dicção perfeita, por ser simpático e por passar a informação com clareza sem gritar - reconhece o ex-diretor da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, conhecido como Boni.

João Baptista Belinaso nasceu em Cordeirópolis, interior de São Paulo, e começou na profissão trabalhando no serviço de alto-falantes da cidade. Ele passou por pequenas rádios paulistas e superou muitos obstáculos para realizar transmissões de partidas de futebol com os poucos recursos disponíveis na época.

Em 1951, o apresentador chegou ao Rio de Janeiro para trabalhar na Rádio Globo, onde recebeu o pseudônimo pelo qual é conhecido. Durante uma transmissão ao vivo, o jornalista Luiz Mendes teve dificuldade para pronunciar o nome de João Belinaso e determinou que o novato adotasse um apelido artístico.
- Durante a resenha que fazíamos após o programa, ele disse: "Ôh, paulistinha, troca esse nome ou você está fora". Eu tentei argumentar, mas não adiantou. Fui rebatizado pelo Luiz Mendes - lembra o apresentador.

O "paulistinha" fez uma lista de opções para a equipe da rádio votar e a escolha foi unânime: Léo Batista. O "Léo" veio da irmã Leonilda, cujo apelido é Nilda, o "Belinaso" foi dispensado e o "Baptista" perdeu a letra "p".

Ele começou a atuar na televisão em 1955, na TV Rio. Passou pela TV Excelsior e, 15 anos depois, estreou na TV Globo, onde acompanhou o surgimento de programas como o "Globo Esporte" e o "Esporte Espetacular".

Superintendente de produção e programação da TV Globo na época, Boni foi o responsável por autorizar a contratação do apresentador pela emissora. Para ele, a capacidade que Léo Batista tem de improvisar, herdada dos anos de trabalho no rádio, foi um dos fatores determinantes para seu sucesso na profissão.

- Ele tem "jogo de cintura". Na televisão, jogamos tarefas nas costas do Léo para as quais ele não estava preparado, mas o hábito de improvisar o tornava capaz de fazê-las magnificamente bem - reconhece Boni.
Após 65 anos de carreira, Léo Batista admite que o nervosismo sentido ao apresentar um jornal já não existe mais. O cenário do "Globo Esporte", programa que comanda aos sábados, hoje é quase como a sua sala de casa.

- Quando o programa entra no ar, eu me sinto em casa, sentado na sala, de chinelo, bebendo um chá. Sinceramente, eu não consigo ficar nervoso. É costume, são 65 anos.

Além da tranquilidade, as quase sete décadas de profissão trouxeram um grande número de admiradores ao apresentador. Idolatrado nas ruas do Rio de Janeiro, o dono da voz marcante também conquistou fãs nos corredores da TV Globo. Entre eles, Galvão Bueno e o narrador Luis Roberto, autor do bordão que se tornou quase um sinônimo do nome de Léo Batista.

- Durante uma transmissão, eu estava pensando "vou chamar aquela voz que tanto me marcou", e saiu "Léo Batista, a voz marcante da televisão brasileira". O Léo é uma escola que nós temos. O que mais chama a atenção é a correção com que ele fez tudo o que fez ao longo dos anos nos esporte - elogia Luis Roberto.

- Eu tenho uma admiração enorme pelo Léo. Ele faz parte da minha formação profissional e do meu imaginário do que deve ser um profissional de televisão - revela Galvão Bueno.


Fonte: SporTV

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